​"Cabe-nos a tarefa irrecusável, seriíssima, dia a dia renovada, de - com a máxima imediaticidade e adequação possíveis - fazer coincidir a palavra com a coisa sentida, contemplada, pensada, experimentada, imaginada ou produzida pela razão." Goethe​

PRA TE FALAR DE AMOR



Hoje preciso te falar de amor
aquele de altar, que para se anunciar
tilinta os sinos do campanário,
ou do contrário,  como o das aves
escondidas na copa das árvores.

Eu preciso te falar do amor que de tanto,
suspira beijos no ar
e pede à brisa para os entregar ao seu destino.
Que é como um menino e seu brinquedo
corajoso o suficiente para esconder seus medos.
Que pensa os seus atos, como as notas de uma canção
e quando distante, aproxima-se pela oração.

Amor que de tanto e um tanto mais,
não se intimida com a profundidade do mar
e a respeitando, reclama para si,
apenas uma única gota.

Amor, que em fria manhã de inverno
sonha bem ao lado, acordar,
sabendo não existir para si, melhor lugar
inventando-se como cobertor.

E rogando pela continuidade
 das delícias 
das manhãs, 
as nossas vidas, convenceriam a vida
de que todas as manhãs são nascidas
para que possamos morrer de tanto fazer amor.

Hoje, eu queria te falar de amor
cantar-te amor... orar-te amor... ser o teu amor
com a liberdade de poder te amar cada dia mais
e para todo o sempre, sempre mais.

Lumansanaris
Imagem: Google

2 comentários:

Ana Bailune

Aplausos! Acho que vivemos momentos neste país em que falar de amor é essencial! Lindo poema!

Arnaldo Leles

"As nossas vidas convenceriam a vida!"

De que planetas tu és? rsrsrs!
Isto é ouro puro! É poesia
vibrante de Vida!
...(a foto caiu bem.)

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