​"Cabe-nos a tarefa irrecusável, seriíssima, dia a dia renovada, de - com a máxima imediaticidade e adequação possíveis - fazer coincidir a palavra com a coisa sentida, contemplada, pensada, experimentada, imaginada ou produzida pela razão." Goethe​

M E R G U L H O S

Sabia bem o que não queria ser
mas, nas tentativas de fuga
sem querer, acabava mergulhando
cada vez mais profundo
para dentro de si.
Usava versos como unguento
acreditando que as feridas
um dia fossem cicatrizar...
Então escrever, tornou-se vício
e os silêncios que antes gritavam
passaram a ser castigados no papel.
Vez ou outra, saia para fora
para ver o sol nascer
e não entendia o por que
das flores de plástico nas janelas,
de certo que elas não demandam cuidados
mas também não perfumam.
Havia sim alguma vida lá fora,
mas, todo o movimento, parecia morto.
Então, voltava para dentro
e algo parecido com poesia
acontecia... 

Lumansanaris
Imagem: Google
 

2 comentários:

Anônimo

Um grande mergulho nessa alma de poeta amiga!! Adorei o castigo dos versos no papel rss. Lindo demais, parabéns!! Ahhh Feliz dia do blogueiro !!!

Samuel Balbinot

Boa tarde Lucy.. mergulhar para dentro de nós é abrir todas as portas e gavetas de pensamentos e libertarem eles para podermos nos sentir mais leves.. bjs e um lindo dia amiga querida
até sempre

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