Emoções presas
à linha do horizonte
- nem céu, nem mar -
apenas uma linha que divide.
Não as réstias de luz,
não ao rebordo de espumas
nem barcos
nos seus luzeiros de ternuras
vindas das mãos que acenam
no porto.
Nada além de dormências
um murmúrio de mar
e essa dor em preamar
sem sinal algum
de espraiar.
Mas a aquarela das horas
inventa um cenário
de esperanças.
Há ainda
uma alma que aguarda
a redenção de uma lua
para poder desembarcar
de seu próprio corpo...
...e mergulhar em vazante
com a mesma leveza
de uma ave que se lança liberta
ao infinito.
imagem: Google
12 comentários:
Quanta sensoriedade nestes sublimes versos, Lu. A "aquarela das horas" lhe inspira versos que brilham como um tear de cristal. Meus efusivos parabéns, querida amiga. Beijo terno e uma ótima semana.
é...parece natural, mas o vazio depois é notável.
Oi Lu, teus versos enredam uma personagem que busca se harmonizar com os elementos da natureza que perfazem o seu cotidiano, apesar dos contraditórios inevitáveis desta nossa frágil, e complexa materialidade, parabéns pelo contagiante poema, um abraço, com os votos de uma semana de muitas satisfações, MJ.
A invisível vibração de uma vazante. Que sublimação do vazio!
Belíssimo!
Na busca da harmonia, se lança como uma ave liberta, plena de esperança.
Lindo poema!...
Um abraço.
A poesia é tanta que o vazio parece pequeno.
Poesia linda!
MESMO NO VAZIO
ÉS TODA POESIA!
Metáforas lindas demais, sua poética é ímpar Lucy!
Outro dia disse que teu silêncio quebrava o meu e tua resposta ainda ecoa em mim. Essa tua sensibilidade é de outro mundo, não há outra explicação.
Tua poesia sempre me emociona, a profundidade com que mergulhas, haja fôlego!!!!!!!
É demais para meu coração e mesmo assim não abro mão!!!!!! rsrssrs...
Amiga, desejo que possas fazer a ti mesma o bem que fazes aos outros, tudo de melhor e mais belo para teu belo coração.
E que tua alma se encoraje novamente nas digitais de encanto e amor.
Beijo carinhoso, Lu.
Canção perfeita!!!!!
Essa menina poetisa arrebenta, sensacional Mansanaris!
Saudações da terrinha.
Que as vazantes levem para longe mágoas e infortúnios, mas nunca a beleza e teu escrever.
Beijos, Lu
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